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24 de ago. de 2009

Alucinações

Alucinações são o tema de hoje, aqui no nosso manicomio on-line.


Alucinação é a percepção real de um objeto que não existe, ou seja, são percepções sem um estímulo externo.
Dizemos que a percepção é real, tendo em vista a convicção inabalável da pessoa que alucina em relação ao objeto alucinado, contudo muitas vezes esta vivência integra a um delírio mais ou menos coerente classificável em diferentes quadros psiquiátricos, incluindo a psicose, patologia psiquiátrica que, entre outros sinais e sintomas, se caracteriza pela perda de contato com a realidade. Entre possíveis causas das alucinações se incluem as reações à drogas e medicamentos, síndromes associadas ao stress, fadiga, perturbações do sono (especialmente sua privação), infecções (Febres) e entre as psicoses destacam-se a Paranóia e Esquizofrenia.
Em psiquiatria, esse conceito foi introduzido por Esquiroll (1772-1840), como percepção sem objeto e já diferenciando esta da ilusão ou percepção distorcida.
Sendo a percepção da alucinação de origem interna, emancipada de todas as variáveis que podem acompanhar os estímulos ambientais (iluminação, acuidade sensorial, etc.), um objecto alucinado muitas vezes é percebido mais nitidamente que os objetos reais de fato.


Classificando


1 - Alucinações Auditivas. Geralmente são referidas vozes, dirigidas ou não ao sujeito que vivencia a experiência, com maior ou menor hostilidade – audição dos próprios pensamentos ou sons do mundo cotidiano. As referências mais conhecidas nas mitologias são o canto das sereias das lendas gregas e o chamado do próprio nome pelo Mapinguari da floresta amazônica.
As alucinações auditivas devem ser distinguidas do resultante das afecções dos processos auditivos ocasionadas, segundo Luria, por lesão nos diferentes elos da cadeia auditiva, a exemplo das alterações do limiar de percepção, surdez (perda auditiva em diferentes graus), dor associada à intensidades sonoras (recruitment), zumbidos, chiados e ruídos (acúfenos) resultantes de processos patológicos distintos. Ainda segundo esse autor as alucinações auditivas (músicas, falas, etc.) podem ser provocadas por irritação das áreas primárias do córtex auditivo como o demonstraram as experiências de Forfoerster e Penfield.
2 - Alucinações Visuais – percepções visuais de objetos que não existem, tão reais que dificilmente são removíveis pela argumentação lógica – alguns autores propõem o termo “alucinose” para designar as falsas percepções onde o sujeito tem consciência da natureza imaginária ( um mundo não real ) de sua vivência.
Quanto ao conteúdo podem não ter uma forma específica: clarões, chamas, raios, vultos, sombras, experiência caleidoscópicas semelhantes à mandalas etc, ou têm formas definidas, tais como pessoas, monstros, demônios, animais, santos, anjos, bruxas, essas últimas geralmente são integradas a um processo interpretativo delirante nas psicoses. As visões místico-religiosas se diferenciam dos processos patológicos, não pela forma e conteúdo do fenômeno vivenciado e sim pelo poder pessoal e inserção social do sujeito que as experimenta.
São especialmente relevantes no estudo do fenômeno alucinatório dado a sua proximidade dos processos oníricos as alucinações oniróides, (sonho acordado) Freud refere-se a estas como “alucinações hipnagógicas”, utilizando a expressão de Johannes Müller (1826), “fenômenos visuais imaginativos”. estes consistem em imagens, com freqüência muito nítidas e rapidamente mutáveis, que tendem a surgir — de forma bastante habitual em algumas pessoas — durante o período do adormecimento; e também podem persistir por algum tempo depois de os olhos se abrirem.
Alguns culturas ditas primitivas como os índios Paiaás (Nordeste), Tapirapés (Brasil central) e descendes dos Toltecas (México) referem-se a técnicas de sonhar e vivências do espírito fora do corpo. Na visão relativamente limitada (ao processo patológico) da psiquiatria denomina essas e outras experiência de alteração da imagem corporal como alucinações autoscópicas.
3 - Alucinações Táteis – estas podem ocorrer e qualquer um dos receptores (frio, calor, dor, pressão) que compõem esse complexo sentido, que na concepção do neurocientista Luria é o oposto ao sentido da visão, pois parte de elementos isolados para compor uma imagem global. Especialmente complexo na sua distinção dos sintomas orgânicos e interpretação da dor. A hipocondria e a histeria de conversão utilizam-se de mecanismos alucinatórios na produção de seus sintomas. Alterações da imagem corporal denominada dor e membro fantasma que se referem a sensações provenientes de membros amputados como se esses ainda fossem reais, nem a percepção visual do coto da amputação, pelo menos nas fases iniciais, anula a sensação táctil, com o passar do tempo é que se forma (reorganiza) a nova imagem corporal .
4 - Alucinações Olfativas – suas sensações confundem-se com o sentido do gosto, tanto podem ser agradáveis como desagradáveis, a depender da patologia e personalidade dos doentes, são comuns (como auras) em associações ás Enxaquecas e Epilepsias. Devem se distinguir de sintomas orgânicos – o gosto amargo ou ácido dos transtornos digestivos e especialmente as impressões olfativas, das interpretações místico-religiosas que identificam na percepção alucinatória de perfumes os processos intermediários das materializações e aparições de espíritos.
5 – Sinestesia – Segundo dicionário Aurélio, relação subjetiva que se estabelece espontaneamente entre uma percepção e outra que pertença ao domínio de um sentido diferente. Os órgãos dos sentidos, como pode ser deduzido do descrito anteriormente, nem sempre funcionam isoladamente, um determinado órgão do sentido pode estimular ou reprimir o funcionamento de outro aparelho receptor.


[Fonte: Wikipedia Pt e Ing]



23 de ago. de 2009

O que é Depressão?



A depressão (também chamada de transtorno depressivo maior) é um problema médico caracterizado por diversos sinais e sintomas, dentre os quais dois são essenciais:humor persistentemente rebaixado, apresentando-se como tristeza, angústia ou sensação de vazio e redução na capacidade de sentir satisfação ou vivenciar prazer.
O estado depressivo diferencia-se do comportamento "triste" ou melancólico que afeta a maioria das pessoas por se tratar de uma condição duradoura de origem neurológica acompanhada de vários sintomas específicos. Ou seja, depressão não é tristeza. É uma doença que tem tratamento.

Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. A ocorrência em mulheres é o dobro da ocorrência em homens.


Aqui estão alguns dos sintomas:

Humor persistentemente rebaixado, apresentando-se como tristeza, angústia ou sensação de vazio; ou Diminuição do interesse e prazer em atividades que antes eram prazerosas; Ansiedade
Afastamento de amigos ou pessoas
Cansaço e perda de energia
Falta de vontade de realizar uma determinada tarefa que progressivamente se alastra ou pode alastrar a muitas outras actividades.
Vontade de chorar ou chora às escondidas.
Tem maus resultados escolares, devido á incapacidade em se concentrar.
Vontade de ficar só. Afasta-se de tudo e todos.
Não querer ouvir barulhos ou querer música ou barulhos em altos berros (pois é uma forma de se alhear e afastar do que se passa à sua volta).
Sentimento de tristeza persistente
Problemas de auto-confiança e auto-estima

Sente-se triste e abatida sem conseguir encontrar algo que a anime ou que lhe consiga despertar interesse.
Dificuldade de concentração e de tomar decisões
Sentimentos de culpa, desesperança, desamparo, solidão, ansiedade ou inutilidade
Alterações no sono; Dificuldades em adormecer, acordar muito mais cedo do que o habitual, dormir em excesso ou pesadelos
Medo de executar determinada tarefa; ou medo do que possa acontecer se falhar. Vive obcecada com a sua incapacidade ou com o que possa acontecer a outrem se ela falhar.
Isolamento: evitar outras pessoas.
Perda de apetite com diminuição do peso ou compulsão alimentar
Perda do desejo sexual
Pensamentos de suicídio e morte
Inquietação e irritabilidade
Auto-agressão
Mudanças na percepção do tempo
Acessos de choro
Desatenção à própria higiene
Possíveis mudanças comportamentais como agressão ou irritabilidade
Medo ou sensação de ser ou estar sendo abandonado
Desleixa-se com o vestir ou com a sua apresentação. Isso deixou de lhe interessar

22 de ago. de 2009

A Indiferença




Este é de fato o primeiro post do Instinto Depressivo. E vou falar de algo que talvez afete a maioria da população, a Indiferença. Eu confesso sou alvo e praticante. Talvez por anos de olhares repreendedores, piadinhas sem-graça, chacotas e afins, eu tenha desenvolvido uma espécie de armadura contra o cotidiano. Estou no periodo bem down. E sinceramente, que se dane a porra da gripe suina. Que se foda a porra do Sarney. Tanto faz. Acho que chegar a uma situação em que nada importa, nada te influencia, nada te comove, é de fato algo a se lamentar.

Se bem que, gripe suina, Sarney e cantoras drogadas, não devem ser levadas a sério mesmo. Talvez pior do que se sentir indiferente seja sentir a indiferença dos outros. Acredito piamente que seja a causa de muitos suicidios. Talvez um ato desesperado para conseguir ser ouvido, nem que seja pela ultima misera e maldita vez, nem que seja para nunca mais.

Não acho que suicidio seja a solução. A solução é mudar os valores dessa sociedade estupida e putrefata a que somos submetidos. Mudar o valor de que um ser humano anorexico é perfeito, e que um obeso não pode ser feliz. Merda, se a pessoa quer se entupir de comida, é um gordo imbecil que vai morrer cedo, mas uma vadia de 40 kilos é padrão de beleza? Vá se foder sociedade escrota! Festas de aniversários para cachorrinhos de R$ 6000, ótimo. Grande humanidade! Matar animais para criar casacos de porrilhões de dolares? Claro por que não? Afinal é fashion. Então tudo bem. Vamos ensinar criancinhas de 5 anos a se prostituir! Afinal Funk é cultura! Você não sabia disso?!? Pedofilia? Imagina isso é coisa de padre gringo. Corrupção e daí? 2014 tem copa! Adotar uma criança? Ah não obrigada, prefiro meu poodle!
É pensando bem... talvez seja melhor ser indiferente.



Viva a vida?



Bom de ínicio, o que dizer? O que você espera ouvir? É o que a maioria das pessoas quer. Ouvir a verdade que elas querem ouvir. Por mais falsas e ridiculas que sejam. O Instinto Depressivo não está no ar para dizer mentiras, passar a mão na cabeça. É apenas um lugar para quem quiser falar, desabafar, quebrar tudo, tanto faz...
Talvez celebremos a estupidez humana, carpen diem e essas coisas. A vida é bela? Ótimo, que bom para você. Mas aqui é um lugar para quem a acha a vida um lixo, e por favor, sem debates religiosos.
Deprimidos sejam bem-vindos! Este é vosso reino pintado de preto, façam bom proveito!
Bom acho que uma musica seria bom para começar isso aqui... acho que vou inaugurar com Smashing Pumpkins. Enjoy our just survive.
1979 [ tradução]
Dureza 1979, garotos legais nunca têm vez/Num cabo elétrico bem em cima da rua/Eu e você nos encontraremos/Besouros ricocheteiam como pedras/Com os faróis apontados pro amanhecer/Estavamos certos de que nunca veríamos um fim pra aquilo tudo/E eu nem me importo de me livrar desse uniforme azul/E nós não sabemos/Onde nossos ossos descansarão/Virarão pó, suponho/Esquecidos e absorvidos pela terra/Sacaneie os ociosos e entediados/Eles não tem certeza do que nós temos guardado/A Cidade-Morfina cobrando taxas até ver/Que nem nos importamos, incansáveis que nós somos/Sentimos a influência na terra das milhares de culpas/E do cimento derramado, lamentado e autorizado/Nos faróis e cidades da Terra/Mais rápido do que a velocidade do som/Mais rápido do que pensávamos que iríamos/Coberto pelo som da esperança/Justine nunca conheceu regras/Se Uniu aos Dementes e Doentios/Desculpas nem precisam ser pedidas, Te conheço melhor do que você finge/Pra Notar, que nós nem nos importamos de nos livrarmos do uniforme azul/E nós não sabemos onde nossos ossos descansarão/Virarão pó, suponho/Esquecidos e absorvidos pela terra/A rua intensifica a importância de ecoar/Como dá pra ver não há ninguem por perto